Eileen Grey possui trabalhos em várias áreas das artes plásticas e artes aplicadas, concretizando-se como uma designer multidisciplinar – os seus trabalhos vão desde a pintura, o design de equipamento, têxteis até à arquitetura.

Apesar desta separação, Grey conseguia congregar em todos os interiores desenhados por si as componentes do design de equipamento e dos têxteis, compondo espaços holísticos e modernos, até mesmo para os dias de hoje, através de peças únicas caracterizadas pela sua integração das técnicas da lacagem japonesa, vidro e tubo metálico. O seu espaço mais aclamado é o Madame Mathieu-Lévi completado em 1922.

Com nenhum treino arquitetónico, Grey inspirou-se no trabalho e ensinamentos de Le Corbusier, e desenhou na totalidade a villa E-1027, completada em 1929, na qual utiliza, de forma pioneira, o sistema de janelas deslizantes – a partir daqui, Eileen Grey, demarca-se como designer e arquiteta. Nesta villa, encontram-se alguns dos maiores ícones do design de produto desta artista como a aclamada E1027 Adjustable Table, uma mesa de cabeceira ajustável composta por tubo e vidro.

Outros objetos icónicos da designer são:
Brick Screen, um biombo em lacagem que evoca ideias construtivista e Bar Stool No. 1, um banco composto por tubos lacados e um acento circular coberto de pele, completamente ajustável.