Corão
O artigo menciona que, ainda hoje, nenhuma das quarto escolas Sunitas, supostamente mais liberais, defendem que os jurístas devem ser homens e, no caso dos xiitas e da escola Maliki, as mulheres são mesmo proibidas de ocupar esta posição. De seguida, a autora menciona argumentos dados para defender esta opinião, baseados em algumas passagens do Corão, em um Hadith (que é por muitos considerado falso, já que, a falsificação de Hadith é relativamente comum na história do Islão) e por fim, as razões biológicas. Neste último argumento afirma-se que a mulher irá causar adiamentos de julgamentos quando grávida e que ficará nervosa e instável no período de menstruação, tomando decisões instintivas e contraditórias. Porém, são depois dados argumentos que refutam os anteriores, assumindo que o intuito e a condição emocional da mulher deveria ser visto como uma qualidade, refutando o Hadith, que se mostra incoerente ao defender também que a mulher deve representar um papel na sociedade. Refere-se, ainda, que o Corão não se pronuncia relativamente à mulher jurista e ao que não é proibído no Livro Sagrado.
Na Lei Islâmica estabelece-se uma hierarquia entre as diversas fontes que a compõem. O Corão mostra-se como a mais importante, de seguida, as Sunnas (interpretações do Profeta sobre o Corão) e, depois, os Hadith (relatos sobre as afirmações, ações e ensinamentos do Profeta). Engy Abdelkader aborda o tema da aceitação da mulher em cargos de jurisdição nas sociedade Islâmicas e, como referido em documentos anteriores, a lei Sharia surge de 5 fontes diversas, uma delas, a Ijtihad, baseada no bom-senso e na interpretação do Corão. Esta interpretação é feita por jurístas e, durante toda a história dos Islão, a mulher foi sempre recusada de ocupar esta profissão. Apesar de existirem alguns casos de mulheres juristas, estas nunca foram bem vistas e estiveram sempre em grande minoria.
ABDELKADER, Engy, To Judge or Not to Judge: A Comparative Analysis of Islamic Jurisprudential;
MASHHOUR, Amira, Islamic Law and Gender Equality: Could There Be a Common Ground?