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Gunjan Saxena: The Kargil Girl, frame

Um filme recente e baseado em factos reais que faz um retrato bastante interessante sobre a forma como é visto o desejo da mulher de seguir uma carreira profissional no médio oriente, mais especificamente do subcontinente da India, nos finais do século XX. O filme trata a temática de uma maneira interessante, sendo que vemos ao longo do filme duas vertentes de pensamento bastante diferentes. A primeira, que é representada pelo o irmão e pela mãe da personagem principal, é uma visão mais conservadora onde constantemente, apoia a passividade da mulher, a necessedidade de esta ter de constituir família e ficar a cozinhar em casa. A segunda vertente é representada, surpreendentemente, pelo pai da Gunjan que apoia totalmente as suas escolhas e a sua liberdade, que defende que uma mulher deve seguir os seus principios e lutar por aquilo que acredita.

No desenrolar do filme, Gunjan entra para a força aérea e é mos- trado ao espectador um ambiente completamente patriarcal, onde se a personagem é rejeitada devido à sua fraqueza fisica. A meu ver, este am- biente militar dominado por homens, significa algo mais do que apenas as instalações militares, poderá ser visto como uma representação da sociedade. Sociedade esta, onde a mulher é naturalmente oprimida, o que, leva à adoção de uma postura passiva, que consequentemente traz a desvalorização das suas ideias e opiniões, um dos elementos que estão na base das sociedades patriarcais.

Este filme que é inspirado em factos reais, leva a personagem do filme a uma jornada de Gunjan Saxena através da família, sonhos e determinação, quando ela se tornou a primeira oficial da Força Aérea da Índia a voar numa zona de combate durante a Guerra de Kargil, em 1999. Capturando a essência da sua vida, Gunjan Saxena: The Kargil Girl é uma ode à sua dedicação para alcançar os seus sonhos.

“What, you think I don’t know how difficult the world is for women? The solution isn’t to shut yourself in a cage(...)”

Gunjan Saxena: The Kargil Girl

Even if you hate it I still wrap my hijab

Pai de Gunjan
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