Poetisa Sappho
Da sua vida, pouco se sabe e a maior parte do seu carácter e biografia são assunções retiradas de uma série de testemunhos, como documentos antigos e pinturas em vasos Atenienses, dos seus próprios poemas destinados a serem acompanhados por liras e o próprio contexto histórico em que a poetisa viveu.
Documentos antigos atestam à prática de tutoria de Safo com jovens mulheres, atestando à possibilidade de esta estabelecer relações homossexuais com as suas pupilas, algo que com que os próprios Gregos, séculos mais tarde, batalham, pois esta liberdade do homoerotismo da mulher na vida e nos poemas de Safo era condenada, contrapondo-se com o forte homoerotismo entre mulheres no período em que a música esteve viva.
Os fragmentos que sobrevivem dos poemas de Safo até aos dias de hoje são escassos, no entanto, a poetisa escrevia e cantava tanto sobre homens como sobre mulheres, relevando uma certa liberdade na sexualidade da mulher da Grécia Antiga, algo que nos séculos vindouros não é concordante.
Safo, marcou o imaginário de uma comunidade de mulheres que viam os seus direitos retirados nas sociedades contemporâneas retirados, sendo impossível descartar o contributo desta mulher na construção de uma identidade sexual que muitas vezes
é invisível ou esquecida em detrimento do homem homossexual. Safo libertou, através da sua poesia, a mulher lésbica, não como subvertida ou como depravada, mas sim como mulher de direito e válida.
Sappho, ou Safo em português, foi a primeira e mais celebrada mulher poetisa e música da Grécia Antiga. Viveu durante o séc. XVII a.C., na ilha de Lesbos, sendo conhecida proeminentemente pelos seus poemas homoeróticos.
RAYOR, Diane J.; LARDINOIS, André. ‘Sappho’