Chaimite, frame
Gungunhana foi o último imperador do Império de Gaza, no território que atualmente é Moçambique, e o último monarca da dinastia Jamine. O Imperador de Gaza desembarcou em Angra do Heroísmo há 125 anos, a bor- do do navio “África”, após ter sido capturado pelo capitão Mouzinho de Albuquerque que comandou um regimento português, em Chaimite, o último reduto da resistência vátua.
Chaimite é um filme realizado por Jorge Brum do Canto, que estreou em Lisboa em Abril de 1953. O argumento do filme situa-se em 1894, altura em que os Vátuas atacavam com frequência os colonos portugueses. A resposta portuguesa não se fez esperar e o filme recorda as campanhas em Marracuene, Magul, Cooela, e Manjacaze, conduzidas por António Enes, Caldas Xavier, Ayres Ornelas, Eduardo Costa, Paiva Couceiro e Freire de Andrade, numa primeira fase, e depois Mouzinho de Albuquerque cuja maior façanha foi capturar o grande chefe negro Gungunhana, em 1897 trazido para Portugal e exposto publicamente, para gáudio dos portugueses.
Em paralelo com a ‘Grande História’ temos ainda a ‘pequena’ história de um conjunto de colonos portugueses que vive em Lourenço Marques e, entre os quais, se desenrola um romance, que envolve dois soldados apaixonados pela mesma rapariga.
Este filme, rodado em boa parte em Moçambique, não esquece também a importância das mulheres portuguesas na colonização; para além de serem mais bonitas, atrativas, recatadas e sérias do que as estrangeiras, elas são indispensáveis, porque são corajosas e resistentes, dão ânimo e acompanham valorosamente os maridos, como é óbvio, em tarefas de retaguarda. Já quanto aos negros, eles são apresentados como selvagens, incivilizados, sem rosto e sem nome, exceto os que trabalham mais diretamente com os portugueses e lhes são fiéis.
Chaimite é um filme português de 1953 realizado por Jorge Brum do Canto. Fala-nos das campanhas de África, mais propriamente da prisão do régulo Gungunhana, por Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque.