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A problemática do colonialismo 


Antes da sua evolução para União Africana (UA), a Organização da Unidade Africana (OUA), estava compreensivelmente focada na fase histórica anticolonial, a preocupação focalizava-se na afirmação das nacionalidades e também a tentativa de preservação das fronteiras, para evitar um movimento anti-Berlim e a enorme perturbação que daí resultaria. Visto que, um dos objetivos da OUA foi a eliminação de toda forma de colonialismo em África com o intuito criar condições adequadas para tirar o continente da marginalização tendo em conta o contexto de decadência vivdo na época. Assim, os direitos humanos foram colocados em segundo plano, devido às necessidades de uma época sob regime colonial.


Aderência ao processo 


Perante a ação da Arquitetura de Paz e Segurança Africana (APSA), notou-se a inexistência de um mínimo de cooperação na África do Norte, a África Central tem dado passos muito reticentes e a África Oriental apresenta coisas a coordenar e a implementar.

Segundo o estudo, é do mais elevado interesse que África evolua em todos os planos, em particular, no plano da segurança. A análise realizada pela NATO vem revelar estas atuais contradições e fragilidades que, após solucionadas, serão um grande passo para o desenvolvimento africano.


A apropriação cultural 


O estudo em análise aborda ainda a questão de responsabilidade histórica e cultural que remete à época do regime colonial em África.

“Não se trata de saldar contas de passados coloniais, trata-se de os europeus terem exportado para todo o mundo, mas com particular vigor para África, o seu modelo cultural e civilizacional”

A grande maioria das sociedades africanas falam as nossas línguas e têm uma herança cultural nossa, por assim dizer. Estes percorreram importantes ciclos históricos enquanto ainda eram colónias, o que define uma responsabilidade nos países colonializadores.

Enquanto países mais ricos e desenvolvidos estamos lá na colaboração entre regiões e procuramos cooperar, mas não como devíamos e podíamos, deixando aquém todo o potencial desta ligação internacional.

A conflitualidade que se verifica em África assume importância global e exige respostas multidimensionais e multidisciplinares. Deste modo, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) assumiu uma postura de apoio, de acordo com as solicitações africanas, as suas prioridades e as capacidades disponíveis.

O estudo apresentado procura efetuar o levantamento de opções, prioridades, possibilidades de cooperação e complementaridade entre os atores, verificando as hipóteses de aprofundamento e sistematização da relação OTAN-União Africana.

Por fim, pode-se concluir que a intervenção da OTAN para a resolução dos conflitos, vem promover com sucesso a evolução face às tendências de conflitualidade em África no horizonte de 2030.

Revista Internacional de Direitos Humanos, As relações NATO – União Africana e a resolução de conflitos no continente africano;

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/10076/1/TII-%20 As%20rela%C3%A7%C3%B5es%20NATO%20-%20UA%20 e%20a%20Resolucao%20de%20conflitos%20no%20con.pdf

“vive uma conflitualidade (...) indiscriminada e bárbara e uma violência intolerável sobre as mulheres.”

As Relações NATO – União Africana e a resolução de conflitos

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Revista Internacional de Direitos Humanos
Paulo Emanuel Maia Pereira
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