Alice Cruz
Assim, seguiram-se os anos de colonialismo mais intenso, com o progresso da guerra quando os europeus tentaram impor o seu próprio controlo político sobre as comunidades africanas.
Nos anos 50 e início dos anos 60, as mulheres estiveram envolvidas na independência das nações africanas de diversas formas. Contudo, o trabalho das mulheres durante o período colonial sofreu de diversas formas: as mulheres perderam o poder e a autonomia económica, foram excluídas do mercado global, desenvolveram trabalho não remunerado, entre outros.
As mulheres continuaram o seu trabalho de cultivo de alimentos para consumo familiar, enquanto os homens ganhavam salários trabalhando em plantações de chá e algodão, minas de ouro, diamantes e cobre. Relativamente aos sistemas jurídicos relativos ao colonialismo, as mulheres estavam em desvantagem, uma vez que foram estabelecidas leis “consuetudinárias” (fundadas nos usos ou costumes).
Desta forma, algumas mulheres mudaram-se para as novas comunidades urbanas em desenvolvimento, em busca de novas oportunidades.
A atividade política pré-colonial das mulheres foi geralmente ignorada pelas autoridades coloniais que se focaram exclusivamente nos homens quando estabeleceram gabinetes políticos locais.
Em muitas partes da África Ocidental, as mulheres eram membros de associações dirigidas por e para as mulheres, o que dava às mesmas a última palavra nas disputas sobre mercados ou agricultura. No entanto, os agentes coloniais, quase sempre homens, ignoraram essa realidade.
Na conferência de Berlim, em 1884-1885, as nações europeias da Grã-Bretanha, França, Alemanha, Bélgica e Portugal dividiram áreas de domínio do continente africano entre si.