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Militantes do Partido Panteras Negras

Como referido, estes movimentos surgem em meados da década de 1970, opositores aos ideais colonialistas. O coloniaslismo colocou o homem como líder, fazendo desaparecer organizações de poder locais onde o matriarcado era predominante. A mulher foi subjugada e subordinada ao homem, desaparecendo a ideia de igualdade e agregado familiar para dar lugar à familia nuclear onde o homem está no centro. Muitos destes ideais surgem com o cristianismo e com o Islão.

Tornou-se necessário fortalecer a luta pelos direitos humanos das mulheres africanas no pós-colonialismo, a fim de criar distanciação do tempo colonial e (re)criar igualdade.

As lutas pela libertação nacionalista, trouxeram mudanças como: a educação das crianças, independentemente do sexo e a participação das mulheres na sociedade, nomeadamente nas forças armadas (Guiné), no FRELIMO e Destacamento feminino (Moçambique). No 2º Congresso do PAIGC (Partido Africano para independência Guiné e Cabo Verde), foram discutidos temas relativos à participação política das mulheres no estado e à participação no mercado de trabalho. Deve-se, ainda, destacar as diversas intituições foram criadas para lutar pelos direitos da mulher, a Revolução de Ribeirão Manuel de 1910 e algumas alterações que se têm feito na contituição de Cabo-Verde como os Planos Nacionais de Igualdade e Equidade de Género e os Planos Nacionais de Combate à Violência Baseada no Género. Entre 1990 e 2000, foram, ainda, criadas inúmeras instituições em defesa dos direitos da mulher e libertação do estatuto de reprodutora. Contudo, apesar dos avanços, nomeadamente na participação da mulher na sociedade em alguns trabalhos, educação, saneamento, liberdade, ainda há muita exclusão da mulher no mercado formal de trabalho e, sobretudo, na política.

A abordagem histórica aos movimentos feministas em África e a luta pelos direitos da mulher autóctone


O aparecimentto de movimentos feministas em África está muito relacionado com a luta pela independência e movimentos anti-colonialistas. Desde 1990, é possível observar algumas melhorias em relação ao estatuto da mulher, comparativamente ao colonialismo. Contudo, é mencionado que os movimentos feministas em África, inicialmente, estavam divididos em vertentes que, por vezes, tornava difícil a própria definição do feminismo no continente. Os principais movimentos dividiam-se em movimentos endógenos de mulheres, resistência anti-colonial, libertação nacional e luta pelo reconhecimento do trabalho da mulher africana.

REIS SILVA, Tatiana Raquel, LUTAS E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO FEMININA EM ÁFRICA;

Lutas e Formas de Organização Feminina em África

Don't touch my hair

Tatiana Raquel Reis Silva
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